terça-feira, 28 de dezembro de 2010

EPIFANIA DO SENHOR


Diz a Sagrada Escritura
Que, quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.

Estrela nova ... Brilhava
Mais do que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.

Avistando-a, os três Reis Magos
Disseram: “Nasceu Jesus!”
Olharam-na com espanto,
E seguiram a sua luz.

E foram andando, andando,
Dia e noite a caminhar;
Viam a estrela brilhando,
sempre o caminho a indicar.

Ora, dos três caminhantes,
Dois eram brancos: o sol
Não lhes marcara os semblantes
Tão claros como o arrebol.

Era o terceiro somente
Escuro de fazer dó ...
Os outros iam na frente;
Ele ia afastado e só.

Nascera assim negro, e tinha
A cor da noite na tez :
Por isso tão triste vinha...
Era o menos belo dos três !

Andaram. E, um belo dia,
Da jornada o fim chegou;
E, sobre uma estrebaria,
A estrela errante parou.

E os Magos viram que, ao fundo
Do presépio, vendo-os vir,
O Salvador deste mundo
Estava, lindo, a sorrir

Ajoelharam-se, rezaram
Humildes, postos no chão;
E ao Deus - Menino beijaram
A alava e pequenina mão.

E Jesus os contemplava
A todos com o mesmo amor,
Porque, olhando-os, não olhava
A diferença da cor...

Poema popular (adapt.)
Publicada por Seminário do Fundão em 3:56 PM 1 comentários Etiquetas: Poesia

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO





Evangelho segundo São João 20,2-28
No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava
Segunda-feira, 27 de Dezembro de 2010.
SANTO DO DIA: Festa da Sagrada Família, Jesus, Maria e José; São João Evangelista; Beato José Maria Corbín Ferrer, mártir
Primeira Leitura: Primeira carta de São João 1,1-4
Início da Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 1O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida, 2- de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós -; 3isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 4Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique completa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus


Salmo 96
Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!
As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!
Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!


Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 20,2-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: "Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram". 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor

sábado, 25 de dezembro de 2010

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO


NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Evangelho segundo São Lucas 2,15-20
1Aconteceu que naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra. 2Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria
Sábado, 25 de Dezembro de 2010.
SANTO DO DIA: Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo; Santo Alberto Chmielowski, religioso
Primeira Leitura: Isaías 9, 1-6
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
Naqueles dias, 1O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. 2Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. 4Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; 5porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. 6Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Segunda Leitura: Tito 2, 11-14
Leitura da Carta de São Paulo a Tito:
Naqueles dias, 11Manifestou-se, com efeito, a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. 12Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade, 13na expectativa da nossa esperança feliz, a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, 14que se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade, nos purificar e nos constituir seu povo de predileção, zeloso na prática do bem.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus


Salmo 96
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

R: Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Dia após dia anunciai sua salvação, manisfestai a sua glória entre as nações e, entre os povos do universo, seus prodígios!

R: Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as flores e as matas.

Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Na presença do Senhor , pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará om lealdade.

R: Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,1-14
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: 68'Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. 69Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, 70como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas, 71para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam. 72Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa aliança 73e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos, 74que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos, 75com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias. 76E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, 77anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão dos seus pecados. 78Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, 79para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz.'

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor




Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo
Sermão sobre o Natal, passim; PG 46, 1128 (a partir da trad. coll. Icthus, vol. 8, pp. 163ss.)
«Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador»
Irmãos, informados do milagre, vamos como Moisés ver esta coisa extraordinária (Ex 3, 3): em Maria, o arbusto em chamas não se consome. A Virgem dá ao mundo a Luz mantendo a sua virgindade. [...] Corramos pois a Belém, a cidade da Boa Nova! Se formos verdadeiramente pastores, se permanecermos despertos em guarda, ouviremos a voz dos anjos que anunciam uma grande alegria: [...] «Glória a Deus nas alturas, porque a paz desceu à terra!» Aonde ontem apenas havia maldição, teatros de guerra e exílio, a terra recebe a paz, porque hoje «da terra brotará a lealdade, desde o céu há-de olhar a justiça» (Sl 84, 12). Eis o fruto que a terra dá aos homens, em recompensa pela boa vontade que reina entre eles (Lc 2, 14). Deus une-Se ao homem para elevar o homem às alturas de Deus.
Ao ouvirmos esta novidade, irmãos, partamos para Belém, a fim de contemplarmos [...] o mistério do presépio: uma criança envolta em panos repousa numa manjedoura. Virgem após o parto, a Mãe incorruptível abraça o Filho. Com os pastores, repitamos a palavra do profeta: «Como nos contaram, assim nós vimos na cidade do Senhor dos exércitos» (Sl 47, 9).
Mas por que procura o Senhor refúgio nesta gruta de Belém? Por que dorme numa manjedoura? Por que Se sujeita ao recenseamento de Israel? Irmãos, Aquele que traz a libertação ao mundo vem nascer na nossa submissão à morte. Ele nasce nesta gruta para Se mostrar aos homens, mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Está deitado numa manjedoura porque é Aquele que faz crescer a erva para o gado (Sl 103, 14), porque é o Pão da Vida que alimenta o homem com um alimento espiritual, para que também ele viva pelo Espírito. [...] Haverá festa mais feliz que a de hoje? Cristo, o Sol da Justiça (Mal 3, 20), vem iluminar a nossa noite. Aquele que tinha caído torna a levantar-se, aquele que fora vencido é libertado [...], aquele que tinha morrido regressa à vida. [...] Hoje, cantemos todos a uma só voz em toda a terra: «Por um homem, Adão, veio a morte; por este Homem, vem-nos hoje a salvação» (cf Rom 5, 17).

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O BERÇO DO CRISTIANISMO



O BERÇO DO CRISTIANISMO Nº 1


Jesus Cristo é realmente o Filho unigênito do Deus Pai e o único mediador entre Deus e os homens como disse Paulo em I Tm. 2:3-5; assim Paulo negou Moisés como mediador. Jesus Cristo afirmou que só ele revela quem é o Pai, em Mt. 11:27. Neste texto Jesus declara que quem quiser conhecer o Pai tem de ir a ele, Jesus. Em João 14:6-10 Jesus reafirma que fora dele ninguém pode conhecer o Pai. Se o Pai se desse a conhecer antes de Cristo vir a este mundo, faria do Filho um mentiroso.
Como Jeová se manifestou antes de Jesus, os religiosos da época, crentes no seu deus, não creram em Jesus. Os fariseus conhecedores do Velho Testamento, os saduceus e os escribas, guiados pelos príncipes e sacerdotes do templo, acusavam Jesus de falso e endemoninhado. Desde o início a implantação da Igreja e do Novo Testamento foram rechaçados. Jesus era chamado de Belzebu pelos patrícios (Mt. 10:21-25). Após a crucificação e ressurreição do Senhor, as perseguições continuaram por fora, mas por dentro a Igreja era conturbada por ajustes e desajustes entre os cristãos e os próprios apóstolos. Quando aconteceu a conversão do Centurião Cornélio e todos estavam reunidos, os crentes da circuncisão com os apóstolos resistiam a Pedro, pois Cornélio e os outros eram gentios e não judeus (At. 11:1-18). Os cristãos judaizantes queriam forçar os gentios convertidos a circuncidar-se e seguir a Moisés. Diz a Bíblia que houve grande contenda; mas Pedro e Tiago, cheios do Espírito Santo, conseguiram acalmar os ânimos e eximir os gentios cristianizados da lei e da circuncisão (At. 15:1-29).

Os apóstolos Paulo e Pedro não concordavam no ministério. Pedro, numa hora, estava com os gentios e noutra com os judeus, e Paulo lhe resistiu na cara. Lemos isso na carta aos Gálatas 2:6-14. A conturbação se alastrava. Valentim, um cristão nascido no Egito, foi para Roma no ano 140 depois de Cristo, quarenta e cinco anos depois da morte do apóstolo João, e fundou uma seita em que explicava a origem da criação de forma esquisita. Foi três vezes excomungado pela Igreja. As crueldades e vinganças de Jeová levaram-no a concluir que o Deus supremo cheio de amor nada tem a ver com Jeová, mas que este deus iracundo foi o demiurgo dos gregos, o criador deste mundo tenebroso, e se manifestou aos hebreus como o todo poderoso Jeová, prometendo um reino terreno e eterno, e um messias que haveria de reinar sobre as nações com vara de ferro. Valentim teve muitos seguidores notáveis e sua doutrina durou vários séculos. Nasceu no ano de 85, quando muitos apóstolos viviam, e morreu no ano de 160 d.C.

Ptolomeu, o mais importante da escola italiana de Valentim, escreveu uma “Carta a Flora” onde discute a inspiração da lei mosaica, provando que esta não era de origem exclusivamente divina, baseado em João 1: 17 no qual João afirma que a verdade e a graça não estão na lei. Heracleon, outro discípulo de destaque de Valentim, iniciou uma aproximação com a opinião ortodoxa. Irineu nos deixou uma descrição de sua doutrina, pois os escritos originais foram destruídos. Na sua doutrina, há três classes de homens: o material, homem da esquerda, que perece pela necessidade. O psíquico, designado da direita, encontrando-se no meio do espiritual e do material, e pode inclinar para a matéria ou para o espiritual, que será aperfeiçoado pelo psíquico.

Florino foi outro discípulo de Valentim. Pelo que informou Irineu, defendia que Deus é responsável pelos males deste mundo.

Bardejanes, também da escola de Valentim, nascido em Edesa, convertido no ano de 216 D.C. Escreveu o livro “Diálogos Sobre o Destino”. Escreveu também 150 hinos para propagar a doutrina.

Harmônio, filho de Bardejanes, continuou a obra de seu pai; seus hinos eram cantados até o século V.

Teodoto, da escola oriental de Valentim, discutia as seguintes questões: “O que éramos? Em quem temos sido convertidos? O que é a geração? O que é a regeneração?” Nas respostas Teodoto explica que o homem tende substancialmente à união com o Deus verdadeiro e perfeito, mas como está exilado num mundo imperfeito que o aprisiona e oprime por meio de forças malignas (Ef. 2:2-3), é arrastado ao mal. Seu livro predileto era o Evangelho de João. Tudo que sabemos a seu respeito, sua doutrina e ensinos, se encontram nos escritos de Clemente de Alexandria. Os valentinianos todos consideravam Jeová como Cosmocrator, o criador da matéria corruptível e deste mundo tenebroso, um abismo e morada dos demônios (Gn. 1:1-2). Para eles o Deus Pai, bom, habita na luz inacessível (I Tm. 6:16). Além de Valentim, houve outros cristãos que se destacaram por não crer em Jeová. Cerinto foi um judeu convertido ao cristianismo, no tempo apostólico do primeiro século. Pregava sua mensagem no tempo do imperador romano Domiciano, filho de Vespasiano e irmão de Tito, lá pelos anos 81 a 96. Foi o primeiro teólogo judeu que ensinou a distinção entre Deus supremo e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e o demiurgo Jeová, criador da matéria corruptível. Era um cristão judaizante como os de Atos 15 e os da Galácia. O apóstolo João morreu no ano 95, quando Cerinto estava no auge do seu ministério, e quando o templo foi destruído por Tito, filho de Vespasiano no ano 70 d.C.

No livro “Evangelhos apócrifos” lemos a história do imperador Tito que reinou de 79 a 81 d.C., sob o título “Vingança do Salvador”, dizendo que este homem tinha câncer no rosto. No porto da Líbia conheceu um ismaelita de nome Natan, a quem perguntou se conhecia algum medicamento para cura do câncer. Natan lhe falou dos milagres de Jesus e de como curou Verônica do fluxo de sangue (Lc. 8:43-48). Tito creu e na mesma hora sarou do câncer. Pediu a Natan que o batizasse. Evangelizado por Natan e tendo tomado consciência das atrocidades cometidas contra Cristo pelos religiosos e sacerdotes, decidiu vingar a morte do Salvador. Mandou cartas a Vespasiano, seu pai, que reinou de 69 a 79 D.C. Este, atendendo a seu filho, organizou um exército e marcharam juntos contra Jerusalém destruindo totalmente o templo dos assassinos dos Filho de Deus. Este relato se acha no livro “Los Evangelhos Apócrifos” da Editora B A C, páginas 513 e 532, onde são revelados detalhes impressionantes sobre a destruição do templo.



Autoria Pastor Olavo S. Pereira

Bibliografia: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” e http: www.iponet.ebs/casinada

domingo, 19 de dezembro de 2010

UM MENINO VAI NASCER




UM MENINO VAI NASCER

E o Menino Jesus sorrindo
no Ventre de sua Mãe...
em silêncio, pressentindo
o tempo do aquem...
já o gelado frio carrega!

Das entranhas maternais
já do quente se despega!

Ao nato bafo de animais
já, Humilde, se apega
numa Pobreza real!

De ósculos infindos
bendiz o seio divinal
donde a Trindade ao sair
dará ao mundo pecador
a Salvação fraternal
para a todos repartir
dum modo total!

A Mãe, "Fiat" em compulsão,
guarda tudo em seu coração...,
ajusta as palhas doiradas,
com estrelas luzentes
dentre raios amoradas
naquele Amor singular!

Da camisa de José
que despe sem hesitar,
umas faixas rasgadas
farão os cobertores
para cobrir o Bebé!


O Rei dos reis vai nascer!
Anjos, em cantos fluentes
preparam a aclamação,
por montes e vales,
com hinos fontanais
da Hora, a todas as gentes!

Nada mais há que fazer!
Emanuel Forasteiro
é Testemunho primeiro
da Estrada a percorrer!




de Maria do Rosário Guerra


Seia, Natal de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

HISTÓRIA DO PAI NATAL

A verdadeira história do Pai Natal
Publicado Dezembro 12, 2010 Contos , contos infantis , Crianças , Histórias de Natal , Histórias infantis , Pai Natal Deixar um Comentário

A verdadeira história do Pai Natal

As ruas da cidade estão enfeitadas com iluminações coloridas. Há tantas luzinhas! Parece que todas as estrelas do céu caíram e ficaram presas nas janelas… O Gonçalo sonha… Enquanto olha pela vidraça para a neve branca e leve.

Esta noite o Pai Natal vai passar!

Vem então aninhar-se nos braços da sua mãe. Tem tantas coisas para lhe perguntar…

— Mãe, onde mora o Pai Natal? O que é que ele faz durante todo o ano, enquanto espera pela época do Natal? E como é que ele me vai trazer os brinquedos que eu pedi?

— Vá lá, tem calma, diz-lhe a mãe. Se quiseres levo-te ao país do Pai Natal! Vou contar-te a verdadeira história do pai Natal…

O Pai Natal vive numa casinha muito pequena que fica no meio da neve e dos glaciares, longe, muito longe daqui. Está tão bem escondida entre os pinheiros, que ninguém consegue vê-la. É uma casinha muito quentinha e muito acolhedora porque o Pai Natal é muito sensível… Mas, nunca lá entrou ninguém! Ele é um velhinho bondoso, mas não gosta de curiosos…

— Mãe, se eu pudesse espreitar pela janela, achas que conseguia ver o piano eléctrico que pedi?

— Oh! não. Irias perturbar o Pai Natal: na sua oficina, diante da velha banca de trabalho, com as ferramentas, que continuam sempre novas, ele fabrica os brinquedos para todas as crianças do mundo. Ele aplaina, corta, martela, cola, pinta… Ah! Ele tem muito trabalho!…

Mas o Pai Natal acaba de olhar para o calendário…

“Como? Hoje é dia 24 de Dezembro? Já?” Há um ano que ele trabalha, todos os dias, para que os brinquedos de todas as crianças do mundo estejam prontos. “Rápido, o meu cesto! Mas o meu casaco está cheio de pó e as minhas botas precisam de ser engraxadas… Ah! Ai Ai! Não tenho tempo…”

Com uma escovadela, a poeira desaparece e o casaco fica novamente bem vermelho, a gola recupera a cor da neve e as botas brilham como um espelho.

A porta abre-se ruidosamente com um golpe de um casco.

“Temos fome!”, gritam “Stem” e “Schuss”, as duas renas do Pai Natal, as duas únicas renas do mundo que sabem falar.

“Não me esqueci de vós! Tenham um pouco de paciência, as duas… Tenho de calçar as botas”, resmunga o Pai Natal.

O Pai Natal tem bastante dificuldade em calçar as suas botas. Há um ano que não o fazia e os seus pés já não estavam habituados a um espaço tão estreito… Mas, por fim lá consegue! Lá vai ele ter de sair da sua casinha… ela é tão quentinha e tão acolhedora! E lá fora, naquele grande frio glacial, a neve é tão espessa! E ainda por cima é preciso levar aqueles embrulhos todos… Há tantos e o cabaz é tão pesado!

— O que é um cabaz?, pergunta o Gonçalo.

— É um grande cesto em vime onde o Pai Natal leva todos os brinquedos. Para caminhar, ele põe-no às costas. Vês como o cesto vai carregado!

Apesar da neve espessa e do frio, “Stem” e “Schuss” estão radiantes: é noite de Natal! Elas vão ter a mais bela saída do ano. O Pai Natal prepara-as com todo o cuidado. E, enquanto as atrela, acaricia-as com suavidade. Depois, carrega o seu trenó mágico com embrulhos multicolores que nunca mais acabam! Será que já estão todos? “Não me posso esquecer de ninguém! Não poderemos voltar para trás, porque esta noite vamos estar muito longe!”, diz ele às suas renas.

— Diz-me, mãe, ele vai passar por nossa casa?

— Claro! O Pai Natal não se esquece de ninguém…

Chegou a hora da partida! O Pai Natal comanda as suas renas. “Juntas, juntinhas, voai, voai, minhas queridinhas!” E logo o trenó sobe em direcção às estrelas.

Um último olhar para a sua pequena casinha, para verificar se as luzes estão apagadas, e aí vão eles pelo céu escuro… Ao longe, o trenó luminoso parece-se com uma estrela cadente que tilinta como uma campainha: “Tlintlim! Tlintlim!”. O Pai Natal também está muito contente. Por isso canta a canção de Natal que ensinou a “Stem” e a “Schuss”, as duas únicas renas do mundo que sabem cantar. É uma canção tão bonita que embala a Lua e afasta as nuvens…

— Oh! mãe, parece que estou a ouvir…

Depois de uma viagem muito, muito longa, o trenó chega à cidade adormecida e fica a pairar por cima dela. De repente, pára, como por encanto, ao lado do telhado de uma grande casa. “Stem” e “Schuss” também sabem fazer alguns truques de magia! O Pai Natal olha para a casa silenciosa. É preciso que todas as luzes estejam apagadas! Então, carregando o seu cesto, ele entra na chaminé! Mas resmunga um pouco…

“Ui! Ou a minha barriga está muito grande, ou este ano as chaminés estão demasiado estreitas! Vamos lá a uma escorregadela por aqui abaixo!”

— E eu escondia-me e ficava muito quieto a ver o Pai Natal, diz o Gonçalo!

— Oh não! Ouvi dizer que ele não distribui brinquedos aos meninos que não estão a dormir…

Está bem escuro dentro de uma chaminé! Felizmente o pinheiro tem muitas luzinhas acesas. Senão como é que o Pai Natal descobriria o caminho?

“Ora vejamos! Não me posso enganar. A Carolina pediu-me uma casinha de bonecas e o Paulo um robô. Hum!… E a Camila, a bebé da casa, já não me lembro… Ora vamos lá a ver a carta com os pedidos… É isso: um ursinho de peluche! E ainda um osso com música para Piloto, o cãozinho…” E assim, durante toda a noite, o Pai Natal passa pelas casas de todas as crianças do mundo.

Sabias que há crianças que põem duas cenouras junto à chaminé para “Stem” e para “Schuss”, as renas do Pai Natal?

O Pai Natal terminou a sua viagem. “Adeus, meninos e meninas! O dia está a começar: temos de voltar para casa! “Juntas, juntinhas, voai, voai, minhas querídínhas!” E o trenó do Pai Natal eleva-se no ar com suavidade. Atrás dele, uma grande nuvem cor-de-rosa esconde-o até a cidade ficar bem longe. As crianças estão quase a acordar e o Pai Natal não se quer mostrar. Ele ainda tem uma longa viagem a fazer até à sua pequena casinha, longe, longe, muito longe daqui.

— Como eu gostaria de andar naquele trenó, diz o Gonçalo, a sonhar…

Depois da sua longa, longa viagem de regresso, o Pai Natal chega finalmente a casa. Deixa-se escorregar com prazer sobre a poltrona. Está tão cansado que nem descalçou uma das botas… Mas sorri, muito feliz. Ele sonha com a alegria de todas as crianças do mundo que, agora, rasgam os papéis dos embrulhos para descobrirem os seus brinquedos!

“Acho que não me esqueci de ninguém…”

“Stem” e “Schuss” estão um bocadinho tristes. Elas olham para o cesto vazio com alguma pena… Mas também estão muito orgulhosas por terem galopado tão bem por entre as estrelas. E que elas conhecem perfeitamente todos os caminhos do céu…

— Mãe, será que eu posso pôr duas cenouras perto da chaminé?, pergunta o Gonçalo a suspirar.

Chegou a noite de Natal…

O Gonçalo pôs os seus sapatos junto à chaminé e deixou uma pequena vela acesa perto do pinheiro. O Pai Natal precisa de luz para ler a carta com os seus pedidos… Para que não se esqueça de nada!

Querido Pai Natal,

Gostaria de ter uma bicicleta de montanha para subir e descer as colinas, e aquele livro que vi na biblioteca, e um piano, e uma caixa confortável para que o meu ratinho branco fique bem quentinho quando chove.

Obrigado, Pai Natal!

Gonçalo.

O Gonçalo sonha… Que história! E como esta é uma história verdadeira, deve ser um verdadeiro Pai Natal…

Colette Seigue; Téo Puebla
A verdadeira história do Pai Natal
Porto, Porto Editora, 1995
Adaptado

domingo, 12 de dezembro de 2010

ADVENTO-TEMPO DE CONVERSÃO

sábado, 11 de dezembro de 2010

III DOMINGO DO ADVENTO-ANO A



III DOMINGO DO ADVENTO-ANO A

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NATAL (POUT-POURRI)

"VERBUM DOMINI"




"VERBUM DOMINI"
Papa convida à redescoberta de Deus
Exortação apostólica «Verbum Domini» retoma Sínodo de 2008, apelando ao diálogo entre religiões e ao compromisso pela «transformação do mundo»

O Vaticano apresentou esta Quinta-feira a segunda exortação apostólica de Bento XVI, intitulada «Verbum Domini» (Palavra do Senhor), na qual o Papa convida a Igreja e a sociedade actual à redescoberta de Deus.

“Num mundo que, muitas vezes, sente Deus como supérfluo ou estranho, não há maior prioridade do que esta: reabrir ao homem de hoje o acesso a Deus, ao que Deus que fala e comunica o seu amor”, escreve.

O Papa defende que a relação com a Bíblia deve levar a um compromisso efectivo para “tornar o mundo mais justo”, denunciando “sem ambiguidades as injustiças” e promovendo “a solidariedade e a igualdade”.

“O compromisso pela justiça e a transformação do mundo é constitutivo da evangelização”, refere o documento.

A Palavra de Deus, acrescenta Bento XVI, é também “fonte de reconciliação e de paz”, pelo que as religiões “não podem nunca justificar a intolerância ou as guerras”.

“Não se pode usar a violência em nome de Deus”, sustenta.

“Todas as religiões deviam impelir para um uso correcto da razão e promover valores éticos que edifiquem a convivência civil”, acrescenta.

Bento XVI exprime “a gratidão da Igreja inteira aos cristãos que não se rendem perante os obstáculos e as perseguições por causa do Evangelho”.

“Ao mesmo tempo unimo-nos, com profunda e solidária estima, aos fiéis de todas as comunidades cristãs, particularmente na Ásia e na África, que neste tempo arriscam a vida ou a marginalização social por causa da fé”, prossegue.

Fruto da XII assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, em 2008, a exortação – documento eminentemente catequético – sublinha que a Sagrada Escritura contém resposta às inquietações da sociedade actual.

O Papa lamenta que, sobretudo no Ocidente, se divulgue a ideia de que “Deus seja alheio à vida e aos problemas dos homens e que a sua presença pode ser uma ameaça à autonomia” do ser humano.

Para Bento XVI, é essencial “redescobrir a centralidade da Palavra de Deus” na vida de cada crente e na da Igreja, no seu conjunto, falando na “urgência e beleza” de a anunciar para a salvação da humanidade.

Num documento longo, com quase 200 páginas, todos os católicos são chamados a tornar-se mais “familiarizados com as Sagradas Escrituras”, que coloca como fundamento de “qualquer espiritualidade cristã viva e autêntica”.

Esta Palavra de Deus, por outro lado, “não se contrapõe ao homem, não mortifica os seus desejos autênticos, mas ilumina-os, purificando-os e levando-os ao seu cumprimento”, indica a exortação.

Para Bento XVI, “só Deus responde à sede que há no coração de cada homem”, pelo que é fundamental para a Igreja “apresentar a Palavra de Deus na sua capacidade de dialogar com os problemas que o homem tem de enfrentar na vida quotidiana”.

O Papa lembra que a Igreja “reconhece como parte essencial do anúncio da Palavra o encontro, o diálogo e a colaboração com todos os homens de boa vontade, particularmente com as pessoas pertencentes às diversas tradições religiosas da humanidade”.

Esse diálogo, no entanto, “não seria fecundo, se não incluísse também um verdadeiro respeito por todas as pessoas, para que possam aderir livremente à sua própria religião”.

A exortação apostólica «Verbum Domini» encontra-se disponível no site do Vaticano

AGÊNCIA ECCLÉSIA
 
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